quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Por muito tempo...

Em toda a minha vida eu acreditei em muitas coisas. Acreditei , por exemplo, que sonhos compartilhados juntos, era o mesmo que estar junto, em todos os momentos. Descobri que não. Juntos em todos os momentos estão os amigos e não necessariamente os companheiros de luta, salvo aqules que são amigos e companheiros.
Esta descoberta, de uma militante que sempre lutou com a cara, a coragem e o legado que segue, revelou também muita  ingenuidade ao lidar com certos companheiros que são apenas de lutas, talvez e disso não passam. Depois de tantos anos de lutas, descobrir isso, em que pese não ser generalizado, mas fatos isolados, não deixou de ser doloroso. Tanto que eu me perdi ao ver que, por questões pessoais, somos facilmente descartados e, em alguns casos, até por quem não tem história e nem compromisso com a militância. Batem em nós de forma extremamente silenciosa. Contudo, deixam marcas profundas de desencanto e desilusão. Os que, um dia foram motivos de admirações, aplausos e certa intimidade e confiança, de repente, desmoronam diante de nós, pelo lado mais doloroso e ainda tratando a nós, como se inimigos fóssemos. Alguns companheiros, dadas suas hipocrisias, hoje, quem os descarta sou eu, depois das "humilhações" seguidas  e as "bofetadas" dadas sem qualquer direito de defesa.
Aprendi agora que, seja de direita ( o que eu sempre soube), seja de esquerda ( o que só agora descobri) as pessoas não são diferentes nas suas posturas na vida e nas suas posturas políticas, ou seja, não se sustentarão por muito mais tempo, as suas idéias, quando reveladas as suas posturas.
Agora, busco ser companheira em todas as frentes de nossas lutas, somada a todos os combatentes da esquerda, mas consciente sempre que suas posições ideológicas são muito diferentes de suas práticas.
Não há perfeições em lugar nenhum, senão em Deus, fora isso, a confiança se esvai e a aproximação, senão ideológica, finda.

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