segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mais trechos de Comadre Florzinha...

Malagueña sentia dor, quando Rose entrou no quarto.
- Tem uma tal de Luana linda como o quê querendo falar com você.
- Espero que seja coisa rápida. Sinto dores.
- Oxente!Será que o bebê já vai nascer?
- Não sei, mas acho melhor avisar Rodrigo. Pode fazer isso, Rose?
- Vou ligar agora mesmo.
 Ao descer as escadas Malagueña logo viu Luana.
- Você quer falar comigo?
- Ah, muito prazer, Malagueña, eu sou Luana.
- O prazer é meu. - Disse Malagueña sentindo as dores aumentarem. - Como você é linda, Luana. Nunca vi uma mulher tão linda!
(...)
Luana gritava com Malagueña que cada vez mais sentia as dores do parto e de seu coração aumentarem.
- Feia, burra e idiota, Malagueña! Então, você achava mesmo que Rodrigo amaria você? Burra!
- Ele me ama. Ele fez de tudo pra que eu o amasse...
- Claro, sua burra! Você não queria casar...Uma menina criada em beira de praia e ainda esnobando um homem podre de rico e lindo como Rodrigo...Acreditou mesmo que Rodrigo não mudaria o mundo pra se casar com você?
(...)
Naquele momento, Rose passava pela sala com uma arma na mão. Malagueña correu e pegou a arma das mãos de Rose e sem pensar atirou acertando Rodrigo que caiu ferido. Luana se abaixou para socorrê-lo gritando para Malagueña:
- Assassina! Assassina! Você o matou! Assassina!
Rose se aproximou de Malagueña puxando-a.
- Venha logo o bebê está nascendo!
Malagueña estava paralisada sem saber o que fazer. Rose a puxou e a levou para um lugar que só ela conhecia naquela imensidão do terreno onde ficava a mansão.
(...)
- Graças a Deus, nasceu, Malagueña! É o menino mais lindo do mundo...- Avisava Rose feliz.
- E, eu matei o pai dele.
- Virgem Maria! É mesmo! Tinha esquecido disso! Precisa fugir, Malagueña. Logo,a polícia estará aqui.
- Entregue Miguel pra dona Odete.
- Você matou o filho dela!
- Mesmo assim, ela criará Miguel. Entregue meu filho pra ela.
(...)
Durante toda a viagem no ônibus, do Rio de Janeiro para Pernambuco, Malagueña se sentia mal. Ao chegar finalmente, com o dinheiro que Rose lhe dera, Malagueña partiu para a praia da Lua. Ao chegar, viu que havia certo movimento em casa de sua mãe. Viu Radamés de longe e conseguiu ser vista por ele.
- Porque está escondida, Malagueña?
- Matei Rodrigo!
- Valha-me Deus! - Exclamou Radamés levando uma das mãos à boca.
- Quero ver mainha...Estou passando mal. Tive meu filho e logo já estava num ônibus. Por que, tem tanta gente na casa de mainha?
Radamés começou a chorar.
- O que aconteceu com mainha? - Perguntou Malagueña já desesperada.
- Morreu. Um enfarte...- Radamés não concluiu a frase. Malagueña desmaiara.
(...)
Depois de recuperada, Malagueña disse para Radamés:
- Logo, a polícia me encontrará. Preciso partir.
- E, vai pra onde, criatura?
- Me embrenhar nos matos...
- Misericórdia! - Exclamou Radamés - Que vida levará, por Deus?
Malagueña olhou o mar, depois olhou o céu e respondeu com os olhos cheios de lágrimas:
- Ser tudo o que mais tive medo na vida.
- E o que é?
Ela sorriu amarga.
- Serei Comadre Florzinha.
(...)
Dez anos depois...
(...)

Rodrigo estava tocando piano no casarão, quando Malagueña adentrou.
- Valha-me, Deus! É Comadre Florzinha! Fuja doutor! Fuja logo! Ela mata quem vê na frente! - Gritava Manoel enquanto corria.
Rodrigo olhou aquela criatura horrenda sem saber o que fazer. Malagueña puxou o facão e antes que ele esperasse, derrubou-o ao chão.
- Desgraçado! Todos esses anos eu vivi como uma miserável e você não morreu. Tudo uma farsa montada por você e aquela desgraçada da sua mulher! Ah, mas se eu não matei antes...Mato agora! - Gritava Malagueña sobre o corpo de Rodrigo, com o facão já apertando a garganta dele, deixando-o completamente imobilizado. A voz de uma garoto ao longe distraiu Malagueña, que logo foi dominada por Rodrigo.
- Papai! - Chamou Miguel entrando na varanda.
- Quem é? - Perguntou Malagueña.
- Meu filho Miguel. - Respondeu Rodrigo enquanto a dominava cada vez mais. - Ordinária! Louca! Por pouco você não me matou! - Gritou Rodrigo.
Malagueña começou a chorar.
- Por favor, não deixe que ele me veja assim...-Ela implorou e Rodrigou a soltou. Malagueña saiu correndo.
(...)
Radamés correu assim que recebeu o telefonema. Malagueña o esperava ansiosa. Ela estava de costas, quando ouviu seu nome quase num mumúrio emocionado:
- Malagueña...
Quando ela se virou, Radamés sentiu as pernas bambearem, o coração apertar.
- Como você está linda! Linda! Linda! - Ele exclamava fascinado com a extraordinária beleza dela.

kkkkkkk O começo e o final desta história estará disponível no final de março ou iníco de abril pela Editora Seven System.

Um comentário:

  1. ADOOOOOOROOOOO a Malagueña. To curiosa pra ver como ficou com as mudanças. Espero que não tenha mudado demais. Ela é sinistra. kkkkk

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